domingo, 26 de julho de 2009

Pitões Das Júnias
Lá voltei eu ao concelho de Montalegre. Desta vez para conhecer a aldeia de Pitões das Júnias, situada no extremo norte de Portugal, englobado no Parque Natural da Peneda Gerês.
O trajecto para aldeia é repleto de paisagens que ficam na memória de que por lá passar. Para quem vem da zona do Porto, basta entrar na A3, e sair para Braga. Seguindo depois pela estrada nacional 13 até chegar ao desvio para a barragem da Venda Nova. A partir dai, a estrada leva-nos por uma imensidão de montes e aldeias isoladas, repletas de paisagens que nunca se esquecerão.
As primeiras fotos que vos mostro, são da barragem de Paradela,localizada na bacia hidrográfica do Cávado.

Seguindo uma longa viagem por montes e vales, onde se chega a parar várias vezes pelo caminho para admirar as paisagens ou deixar passar o gado que por ali pastoreia livremente, eis que chegamos á aldeia de Pitões da Júnias.
Aqui está uma imagem do que podemos encontrar em termos de fauna, que podemos admirar em pleno estado selvagem.
Até não podermos andar mais de carro, encontramos um cruzamento onde, onde temos duas opções de visita. Uma, o local mais perto, é o antigo mosteiro de Santa Maria das Júnias, e o outro é uma imponente cascata.
Comecemos pelo mosteiro, onde o seu acesso é um pouco agreste, com um caminho pejado de pedras que fica a cerca de 350 metros do cruzamento.
Como ultimamente estou dado a lendas, aqui vai mais uma a respeito da edificação deste mosteiro.
"Houve há muito tempo um regimento de soldados que não gostava da religião católica e muito menos ainda dos santos. Mas no meio deles havia um que era grande devoto da imagem da Virgem, e, sabendo que os outros planeavam queimá-la, fugiu com ela uma noite, e foi ter até Pitões ao lugar das Marinhas.
Existia aí um grande carvalho onde escondeu a imagem, sobre três galhos, e assim ficou.
Abundavam em Pitões animais silvestres: o porco-bravo e o corço. Um dia um fidalgo espanhol perseguiu numa caça com os seus dois cães, um porco-bravo. O animal aproximou-se do enorme carvalho, que tinha crescido muito mais que as outras árvores. E de repente, os cães param, como por encanto, e esgadanharam a casca do carvalho com grandes latidos. O caçador, perplexo, olhava para o carvalho. E nisto, descobre a imagem da Virgem coroada de luz. O milagre tocou-lhe a alma pelo que mandou edificar no local uma capela, em cujo altar-mor colocou a Santa.
O tempo passou e com ele os perigos da guerra e da fúria anti-religiosa.
O tal soldado, chamado João, veio saber novas da sua Senhora, e foi ele e mais o fidalgo e a Igreja que mandaram construir o mosteiro de Santa Maria das Júnias.
Conta igualmente a lenda que durante a edificação, surgiram duas fontes, uma de azeite e outra de vinho.
João acolheu-se ao mosteiro com outros e aí formaram comunidade religiosa. Deu ao convento o nome de Santa Maria de Júnias.”
Pelo outro lado, a cerca de 1km de distância, por um caminho sinuoso, cheio de arbustos, pedregulhos e precipícios de meter respeito, chegamos a um ponto em que damos graças ás autarquias de Montalegre e Pitões das Júnias, por construir um acesso á cascata a muito melhor de se fazer até então.
Seguindo esta enorme escadaria, chegamos finalmente ao ponto em que podemos admirar a belíssima cascata de Pitões das Júnias.


Posto isto, é altura de regressar ao ponto e partida, ainda mais difícil pois temos de voltar a subir pelo mesmo caminho, coisa que não é muito fácil.
Como podem constatar, este é um dos magníficos locais para se conhecer neste belo pais.
Aproveitem.








































































































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