domingo, 25 de abril de 2010


BRAGA

Situada no coração do Minho, Braga encontra-se numa região de serras, florestas e leiras, aos grandes vales, planícies e campos verdejantes. Terras construídas pela natureza e moldadas pelo Homem. Inserida na região do Minho. Com mais de 2000 anos de história, a cidade de Braga é capital da Área Metropolitana do Minho, sendo considerada a terceira maior cidade do pais, contabilizando cerca de 800 000 habitantes espalhados por 14 concelhos.

A cidade é muito viva, com uma diversidade de iniciativas culturais espalhadas por toda a cidade. Desde musica, teatro, dança, fotografia e cinema, espalham sons, cores e movimentos, que pela sua popularidade já se tornam tradições.
Com uma actividade religiosa, festival e cultural recheada, Braga é uma cidade repleta de animação. Respeitados e muito procurados, os programas religiosos são marcados por momentos solenes e de sentida devoção, mas também de alegria, onde o sagrado se mistura com o profano. Todos os anos, as cores e a vivacidade das romarias e tradicionais festas emprestam ás suas ruas muita vida e movimento.
A longa história de Braga é visivel nas seus vários monumentos e igrejas, sendo a mais conhecida a Sé Catedral.






Segundo a tradição, a diocese bracarense foi criada no século III, mas a História só a confirma a partir do ano de 400. O actual edifício está implantado sobre uma outra construção religiosa que possivelmente foi a anterior catedral. Foi com o bispo D. Pedro (1070-1093) que se iniciou a obra da actual Sé.
 Depois dele quase todos os seus sucessores quiseram deixar a sua marca, fosse em pequenas alterações ou em obras de vulto.

Ao lado da Catedral, com acesso a partir do claustro, encontra-se o Tesouro da Sé, criado em 25 de Março de 1930, o qual recolhe múltiplas peças reunidas ao longo dos tempos. Infelizmente não tenho imagens porque é expressamente proibido tirar fotografias dentro da Sé.


A cidade de Braga é conhecida por " Cidade dos Arcebispos ", dadas as inúmeras igrejas e capelas que a cidade exibe.



Convento do Popolo

Capela dos Coimbras

Igreja dos Congregados

Igreja do Carmo

Ao fundo - Igreja do Hospital de São Marcos
À frente - Igreja de Santa Cruz

Rodeando o centro da cidade de Braga existem muitos mais monumentos de serem aqui referidos.
Um dos mais importantes monumentos históricos de Braga, situa-se na freguesia de Meire de Tibães, onde se situa o Mosteiro de Tibães.



O Mosteiro de São Martinho de Tibães está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1944, e encontra-se desde 1994, protegido por uma Zona Especial de Protecção.
Fundado em finais do séc. XI, quando o condado portucalense começava a afirmar-se, e os monges de Cluny introduziam a regra monástica de São Bento, tornou-se num dos Mosteiros mais ricos e poderosos do norte de Portugal.
Espaço de uma beleza monumental, assume-de durante os séc. XVII e XVIII,como um importante centro produtor e difusor de culturas e estéticas, transformando-se num dos maiores e importantes conjuntos monásticos beneditinos e num lugar de excepção do pensamento e arte portugueses.
Com a extinção das ordens religiosas em Portugal, em 1834, o mosteiro é encerrado e os seus bens móveis e imóveis vendidos em haste publica ou integrados em colecções de museus e bibliotecas nacionais.
Desafectado das suas funcões iniciais, com a excepção da igreja e de residência, o Mosteiro de S. Martinho de Tibães foi de encontro á degradação a até mesmo á ruina.
Desta situação é resgatado em 1986 pela compra pelo Estado Portugês da maior parte da propriedade em uso privado.
O Mosteiro possui um circuito museológico á volta do Mosteiro. Uma grande parte desse circuito é a Cerca do Mosteiro, situado no Monte de S. Gens.
Actualmente ocupado por pinhal e eucaliptal, o monte de S. Gens possui uma vegetação que se recupera o seu espaço secular, servindo de refúgio e habitat a centenas de espécies de fauna e flora.









Encimado pela capela de S. Filipe, o monte de S.Gens é ocupado a meio pela Capelinha de São Bento, e ao fundo o Mosteiro.




A função da cerca do Mosteiro prendia-se á manutenção da sua comunidade. Deste espaço, vinha a fruta, os legumes, o linho, a caça, a lenha, a madeira para as construções dos animais. A Cerca era também um local de meditação, de trabalho intelectual e de lazer. O escadório talhado no monte, encenando a subida aos céus, as suas fontes, o grande lago usando novas formas e os seus caminhos ladeados de vegetação que forma um sistema de eixos que define e integra os espaços.






Enfim, uma visita ao Mosteiro e um bom descanso no bosque é uma tarde muito bem passada.

Outro ponto marcante  na cidade de Braga é o santuário do Bom Jesus.
Para ficar-mos com uma ideia exacta desta via sacra em pedra, devemos começar a sua visita pelo pórtico que dá inicio á longa subida até ao santuário.



Ao longo desta penosa subida por uma longa e desgastante escadaria, podemos admirar magnificas esculturas que representam a via sacra do senhor. Todas estas esculturas estão colocadas dentro dos nichos que nos acompanham por toda a subida.




Enquanto percorremos esta penosa subida, temos a sorte de encontrar fontes de água em cada nicho, só assim é que se aguenta a subida. Tudo isto é compensado pela beleza deste magnifico local.





Meio cominho percorrido, já avistamos o fantástico Santuário do Bom Jesus. Só tem um problema, subir o resto da escadaria.
Este local oferece um lindissimo miradouro sobre a cidade de Braga.

As origens do Santuário do Bom jesus do Monte, remontam ao principio do séc.XIV, quando alguém decidiu, (talvez a seguir á batalha do Salado em  1340 ), colocar uma cruz no alto do monte Espinho. Depressa essa cruz foi abrigada por uma ermida, que se tornou numa meta de peregrinação por parte dos bracarenses e dos fiéis das redondezas. Em 1692, um grupo de devotos da Santa Cruz do Monte, resolveu constituir uma confraria, a que foi baptizada de Confraria do Bom Jesus do Monte.
Pouco a pouco, foi ganhando corpo, a ideia de transformar a Ermida num grandioso monumento em honra da paixão de Cristo.
De 1629 a 1722, foi-se abrindo um caminho sinuoso e ingreme nas margens, nas quais se foram construindo várias capelas em forma de pequenos nichos que lembram aos peregrinos os diversos passos do Calvário. A partir de 1722, com o Arcebispo de Braga D. Rodrigo de Moura Teles, projectou-se e começou-se a realizar um grande plano, que acabou no actual Santuário do Bom Jesus do Monte.









O Bom jesus do monte, não se limita apenas a ser uma estância religiosa, embora o caracterize profundamente, é também uma estância turistica.
Quem o visita,encontra também um ambiente que convida ao descanso e ao recolhimento da sua mata e dos seus hotéis.





Depois da visita ao Santuário do Bom Jesus do Monte, seuguimos viagem até mais um belo e grandioso Santuário.
Falo do Santuário do Sameiro.







O Santuário do Sameiro, junto com o Santuário de Fátima, são os templos de maior devoção mariana em Portugal.
No fim da sua vasta escadaria, podemos encontrar uma estátua dedicada ao Papa Jõao Paulo II, sendo inaugurada em 1984, dois anos depois da sua visita ao santuário.

Com escadas até ao pescoço, temos de arranjar forças na gastronomia local. Um toque especial na cidade dos Arcebispos, são as papas de sarrabulho, onde devem ser devidadmente acompanhadoas por rojões em vinha-de-alhos; os farinhotes, enchidos de sangue de porco e farinha de milho; as belouras, ou tripas enfarinhadas enchidas apenas com farinha e condimentos. Exclusivamente bracarenses, são as frigideiras, grandes pastéis de massa folhada recheadas com carne de vaca e presunto.
Depois disto, só faltam os doces, onde se destaca o Pudim Abade de Priscos, o toucinho do céu, as vieiras, o bolo rei ou os fidalguinhos de Braga.
Tudo isto bem regado pelos vinhos verdes da região.

É com estas dicas que vos deixo para que possam fazer um belo passeio pela cidade de Braga.
Boas viagens.