ESPOSENDE
Esposende é uma cidade portuguesa no norte de portugal, no provincia do minho, Distrito de Braga, onde o rio Cávado encontra o mar. O concelho de Espodende é constituido por 15 freguesias, sendo este o 2º concelho mais pequeno do distrito de Braga.
Esta cidade é limitada a norte pelo concelho de Viana do Castelo, a leste por Barcelos, a sul pela Póvoa do Varzim e a oeste pelo oceano atlântico, onde se estende aproximadamente por 18 km. de costa.
Por ser uma cidade costeiria, obviamente que é uma terra com gente ligada ao mar. Pescadores que trabalham arduamente para ter uma vida melhor, tendo por isso que arriscar a sua própria vida no mar.
Os pescadores de Esposende contam com o rio Cávado para se lançarem ao mar na sua busca pelo peixe, sendo este muito importante para a região.
Mas não é só para os pescadores, o rio Cávado é também uma das das atracções turisticas mais importantes da região, onde a cidade ofereca hotéis para á beira rio para podermos passar uns dias descansados. O rio Cávado é também muito procurado por quem gosta de desportos radicais.
Passando para o centro da cidade, podemos encontrar alguns marcos caracteristicos da cidade. Podemos visitar o museu da cidade, admirar as suas escultruras espalhadas pela cidade, as suas igrejas, e passar um bom bocado nos vários locais de interesse da cidade.
Esposende é ua cidade de mar banhada pelo oceano atlântico, oferecendo praias fantasticas para desfrutar no verão.
Falados do mar, chegou a hora de passar á vertente histórica de Esposende. Ao longo das freguesias, encontramos lugares recônditos que escondem uma história que remonta aos sé. III-II ac. Falo concretamente do Castro de São Lourenço.
Neste castro, ( tendo as escavações imiciadas em 1985 ), existem zonas que foram ocupadas em épocas diferentes e de formas diferentes.
As casas são circulares ou sub-rectangulares, o chão era coberto com saibro bem esmagado e calcado, os seus tectos tinham uma forma cónica, cobertos com elementos vegetativos, enquanto que as outras mais alongadas tinham o tecto formado por uma ou mais águas. No centro de cada casa acendia-se o lume ou a fogueira.
Durante as escavações, foram encontrados diversos artefactos. Dentro desse material, pode-se encontrar milhares de fragmentos cerâmicos indigenas, sendo muitos deles ricamente decorados, cerâmicas romanas de produção local, nomeadamente as famosas ânforas, vindas dos mais longinquos locais do império romano.
Vidros, moedas e utensilios tais como pontas de lança, foices, facas, bordalos, etc., usados nas mais diversas actividades em ferro e bronze, assim como fivelas e alfinetes de cabelo, estão patentes nas diversas vitrinas do Museu Municipal de Esposende, encontrando-se á guarda dos serviços de arqueologia de Esposende.
A cidade de Esposende possui um alargado espólio de cariz religioso, as suas igrejas tem muita historia, algumas delas bem conhecidas, como S. Bartolomeu do Mar, onde existe uma tradição que consiste em dar voltas á igreja com uma galinha preta ao colo, passar por baixo do andor e depois ir até á praia furar as ondas em numero impar, para que as crianças não fiquem afectadas por doenças demoniacas, tais como a gota, epilepsia e gaguez.
Uma vez visitada a igreja de Belinho, não podemos deixar de reparar no topo do monte da Guia, avistando a capela da Nossa Senhora da Guia, um dos grandes marcos do catolicismo de Esposende. Vista da igreja, parece apenas uma pequena capela, o que nos engana completamente. Seguindo as indicações, chegamos ao inicio de uma escadaria que nos leva ao encontro da capela.
Para quem tiver resistência, aconselho esta subida, caso contrário existe uma estrada que vai ter ás traseiras do santuário, ( que eu só descobri depois de subir todas as escadas ).
Chegando ao topo, reparamos nas vários nichos feitos de penedos, algo que é raro encontrar.
A esta capela, anda ligada um velho culto relacionado com as pedras que a circundavam a que se refere como em muitas outras razões ao poder mágico-divino das pedras.
Existem localidades onde a pedra do adro tem dons sobre a fertilidade das mulheres estéreis, que sobre elas deviam escorregar, mas em Belinho, a paga de alguma promessa era feita de duas maneiras. Se fosse uma pequena promessa, bastava pintar um dos penedos a branco, porém se de uma grande promessa se trata-se, pintavam-se todos os penedos que circundavam a capela.
Hoje em dia, são os próprios festeiros a enfeitar o local, caiando de branco. Nas imediações desta capela, existe uma gruta, que segundo a lenda, albergou durante muito tempo um monge, na qual habitava durante o verão, indo para Lisboa durante o inverno para vender cautelas de lotaria. A entrada é estreita e no inteitor pode-se observar três imagens de Nossa Senhora.
Continuando em Belinho, e uma vez que sou muito dado a lendas, aqui vai mais uma.
Trata-se da lenda de Santo Amaro.
"Reza a lenda que um caçador, outrora noviço no Convento de São Romão do Neiva, teria partido as pernas algures no monte sobranceiro a Belinho. O caçador gritava por ajuda, mas ninguém o ouviu até que desfaleceu. Durante a sua sonolência, alguém lhe tocou, diz a lenda ter sido a asa de uma andorinha que o acordou.
Subitamente, depara com uma figura trajando as vestes da Ordem de São Bento que lhe disse para se levantar, tendo o caçador conseguido e considerando um milagre.
Para agradecer esta prece, dirigiu-se ao convento onde tinha sido noviço e ajoelhou-se perante Santo Amaro.
Curioso, pensava ele, a figura que no monte o curou tinha as mesmas feições daquele altar.
Correndo até Belinho, contratou um mestre canteiro para erguer uma capelinha no local do desatre. Tempos depois, o próprio abade do Convento de São romão de Neiva, benzia a capela e ofereceu a imagem de Santo Amaro que então exisria no seu convento ao qual a caçador se tinha ajoelhado".
Deixo-vos com mais algumas imagens da terra.
A gastronomia de Esposende.
Um concelho de farta mesa, com uma gastronomia tradicional e atlântica, baseado nos pescados e mariscos do seu generoso rio e mar. Peixes tais como o robalo, sargos, fanecas, congros, polvos, carapau, sardinhaas entre tantos outros. As unidades de restauração presenteiam-nos com excelentes pratos de peixe confeccionados com arte.
A lampreia, esse maravilhoso peixe que nos visita nos primeiros meses do ano, depois de capturado na grandeza do rio Cávado, é uma excelente iguaria, preperado com arroz, ou á Bordaleza, acompanhado de torradas e arroz seco.
Mas para quem não aprecia peixe, também existem pratos de carne, tais como o lombo de porco, ou o já tradicional cozido á portuguesa. Na preparação destas iguarias que são maioritariamente acompanhadas pelo legumes plantadas nos solos férteis da região.
Para finalizar, há as sobremesas, podendo optar pelos excelentes queijos de Marinhas, ou a gulosa doçaria como as famosas clarinhas de Fão, as cavacas ou os Folhadinhos, tudo isto, bem regado pelos vinhos dos produtores da terra.
Termino esta visita muito interessante á cidade de Esposende, com a certeza de que lá voltarei muitas vezes. Espero que possam apreciar a visita, pois váo adorar.
Deixo-vos com um pensamento para a vida.
